Revista Otlet celebra Abya Yala em edição especial!

Fonte: Revista Otlet, 2024.

Por Rodrias

A renomada revista peruana Revista Otlet apresenta sua edição especial dedicada à região de Abya Yala, denominação ancestral da América Latina. Esta edição, a número 34 do ano 6 (2024), está repleta de conteúdo empolgante para bibliotecários, cientistas da informação e apaixonados pela cultura.

O que você encontrará nesta edição especial?

  • Uma análise crítica da bibliotecologia: A revista convida à reflexão sobre a necessidade de uma bibliotecologia específica da região, com artigos como “Desde cuándo pensamos una bibliotecología desde Abya Yala?”.
  • Entrevistas exclusivas: Conheça o pensamento de especialistas como Franciéle Garcês sobre “Bibliotecología negra y teoría crítica racial” e Elías Rengifo, “un hacedor de palabras hecha vida”.
  • Diversas perspectivas: Explore temas como bibliotecas e cartografia social, cultura da paz e a biblioteca como espaço para a memória coletiva.
  • Experiências inspiradoras: Descubra projetos como “Rioverde está leyendo”, que promove a leitura em áreas com acesso limitado.
  • Reflexões sobre desafios atuais: Aprenda como abordar a violência de gênero e resistir ao “despojo violento da palavra” no âmbito da bibliotecologia.

Além disso, a edição especial inclui resenhas de livros, perfis de profissionais de destaque e um espaço para conhecer Mirtha Quispe Sayago através do “Pimpón de Otlet”.

Não perca esta edição especial da Revista Otlet, um tributo à rica cultura e ao pensamento bibliotecário de Abya Yala!

Acesse a edição completa aqui: https://bit.ly/3AN6yZS

Un agradecimiento especial al editor César Chumbiauca: Queremos agradecer al editor de Revista Otlet, César Chumbiauca, por su receptividad y entusiasmo con esta alianza. Su visión crítica y su compromiso con la biblioteconomía inspiran nuestro trabajo. ¡Seguimos juntos en la construcción de una bibliotecología más justa, inclusiva y transformadora!

Sociedade Bibliográfica Brasileira na Seção Bibliografia da IFLA

Building a National Bibliography: Models from Around the World

Frameworks and foundations of National Bibliographies

Por Eduardo Alentejo

O primeiro Webinar da IFLA, da seção Bibliografia, ocorreu em 30 de abril de 2024. Gabriel Alves e eu apresentamos nosso trabalho intitulado Current Brazilian Bibliography in the Digital Era – Bibliografia Brasileira Corrente na Era Digital. Quatro apresentações, incluindo a nossa, foram escolhidas pelo comitê de avaliação da IFLA por entenderem as contribuições que cada trabalho provia para garantir a qualidade do tema Marcos e fundamentos das Bibliografias Nacionais (tradução nossa) https://www.ifla.org/events/webinar-building-a-national-bibliography-models-from-around-the-world-registration/.

Nesta oportunidade, nós abordamos os elementos fundadores para a transformação disruptiva desenvolvida pela nossa Agência Bibliográfica Nacional que organiza e disponibiliza os registros bibliográficos oficiais de nossa bibliografia corrente e com economia de energia e recursos.

Destes elementos, destaco aqui o desenvolvimento do Formato CALCO de catalogação legível por computador que proporcionar uma ampla rede de cooperação em catalogação que foi denominada BIBLIODATA e liderada pela Fundação Biblioteca Nacional. Outro elemento destacado foi com a concepção da BNDigital, versão digital da Biblioteca Nacional Brasileira cujo portal oferece a oportunidade de acessar dados bibliográficos do catálogo on-line bem como da bibliografia brasileira.

Também destacamos a arquitetura do atual sistema de controle bibliográfico brasileiro. As possibilidades de padronização bibliográfica somadas às tecnologias de transmissão e compartilhamento de informações por meio de protocolos e formatos caracterizam o modelo brasileiro vigente do controle bibliográfico nacional.

Nosso leitor, poderá assistir ao vídeo com a apresentação no trabalho:

Concluímos que a produção, organização e divulgação da bibliografia brasileira, a cargo da Fundação Biblioteca Nacional, apresenta um modelo distinto de muitos países. Primeiro porque na mesma interface de buscas e recuperação da informação é possível realizar pesquisas em ambos os produtos – catálogos e bibliografia nacional; segundo porque a aplicação de tecnologias, de modo inovador, permite o acesso universal aos registros bibliográficos, livres de barreiras e de acesso gratuito seja por máquinas convencionais ou telefonia móvel na Web.

A participação da SBB foi importante para dar visibilidade a um tema pouco explorado nos meios de comunicação científica no País. Além disso, a SBB celebrou nossa Biblioteca Nacional, seus profissionais e a sociedade brasileira. Somos muito gratos à IFLA por esta oportunidade.

Deixamos aqui á disposição dos interessados os slides que apresentamos para consultas, lembrando que destaques de nosso texto devem ser devidamente citados.

FEBAB lança Plataforma Bibliotecas Brasileiras

FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE ASSOCIAÇÕES DE BIBLIOTECÁRIOS, CIENTISTAS DE INFORMAÇÃO E INSTITUIÇÕES. Plataforma das Bibliotecas Brasileiras. São Paulo, [2024]. Disponível em: https://www.bibliotecas.org.br/. Acesso em: 10 maio 2024.

No Brasil, iniciativas de mapeamento das bibliotecas foram sendo descontinuadas. São exemplos: em 1969, o Instituto Nacional do Livro publicou o Guia das Bibliotecas Brasileiras, nunca atualizado. E em 1977, surgiu o Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas – SNBP que foi instituído em 1992 e depois operacionalizado na Internet. O SNBP conectava vários sistemas estaduais de bibliotecas públicas do Brasil. No entanto, mesmo em 2023, o SNBP fazer parte da atual estrutura organizacional do MinC, não há indicação de responsável por sua gestão, atualização ou novas diretrizes para o mapeamento de bibliotecas no País http://snbp.cultura.gov.br/sobre/historico/.

Estes e outros motivos têm impactado o conhecimento sobre as bibliotecas no Brasil. Além disso, a falta de um censo e de um diretório atualizáveis partindo do Estado também reflete o descaso político para com as bibliotecas brasileiras.

Por um lado, a sociedade reconhece a importância de bibliotecas no seio de suas comunidades e bibliotecários são fundamentais nessa valorização. Por outro, políticas formais para leitura, livro e bibliotecas, por exemplo, exigem eficiência e qualidade desses aparelhos culturais, mas, em meio a restrições orçamentárias crescentes por parte de governantes. No entanto, vale destacar que bibliotecas, seus gestores e bibliotecários têm se mantido firmes em sua missão de atender às comunidades a que servem.

A ausência de dados completos e consistentes sobre todas as bibliotecas brasileiras também dificulta ações para a realização das premissas estabelecidas nas legislações e programas nacionais de cultura. Nessa direção, a SBB compreende que um passo significativo é o conhecimento público sobre as bibliotecas brasileiras. E isso nos parece ser um bom caminho para a promoção e desenvolvimento das bibliotecas de todos os tipos, em benefício da sociedade brasileira.

A iniciativa da Federação Brasileira de Associações de Bibliotecários, Cientistas de Informação e Instituições – FEBAB – assume o compromisso de preencher muitas lacunas e empreendeu:

esforços para criar um serviço permanente de informação sobre os diferentes tipos de bibliotecas, que forneça informações qualificadas para a formulação de políticas públicas, ações programáticas, produção de estudos e diagnósticos, e geração de indicadores em âmbito nacional e que também contribua para a participação das bibliotecas brasileiras nas diferentes Seções e Grupos da IFLA e no IFLA Library Map of the World (LMW), cuja coordenação dos dados no Brasil está sob a responsabilidade da Federação“.

Uma importante tarefa da FEBAB foi a construção de uma plataforma Web de coleta, organização e disseminação de dados e informações de forma regular https://www.bibliotecas.org.br/. Esse trabalho se baseia na colaboração de todos os bibliotecários e gestores de bibliotecas brasileiros, de todas as regiões, para cadastrar e atualizar o que, em breve, será o maior diretório com dados consistentes de bibliotecas da América Latina.

De acordo com a FEBAB, “a plataforma Bibliotecas.Br foi concebida para mapear todas bibliotecas brasileiras, nos seus diferentes tipos: comunitárias, escolares, especiais, especializadas, governamentais , públicas e universitárias. Por meio desta plataforma será possível ter um panorama geral das bibliotecas brasileiras e conhecer onde estão situadas, como são seus espaços, quais são os recursos e serviços oferecidos por elas”.

Inspirada no Mapa da IFLA, a plataforma Bibliotecas.Br disponibilizará dados que serão atualizados constantemente, permitindo análises e séries históricas que poderão estimular projetos, programas desenvolvidos pela FEBAB e outras instituições de ensino, pesquisa e extensão, governamentais e não governamentais.

Por Eduardo Alentejo

[Webinar] Building a National Bibliography: Models from Around the World – Registration

A Seção de Bibliografia da IFLA realizará um Webinar gratuito na terça-feira, 30 de abril de 2024, às 9h, sobre os aspectos práticos da construção de uma bibliografia nacional, explorando modelos de sucesso de todo o mundo.

Programação

  •  The French National Bibliography: A 213 Years Old Newborn. , French National Library
  • The Philippine National Bibliography (PNB): A Comprehensive Review of Historical, Context, Key Figures, Impact and Future Developments,  and , National Library of Philippine
  • Structuring a National Bibliography. The Series of the Deutsche Nationalbibliografie: Historical Genesis, Current Status and Future Plans,  and , National German Library
  • Current Brazilian Bibliography in the Digital Era, , Federal University of the State of Rio de Janeiro and , Brazilian Bibliographic Society (SBB)

O link para registro gratuito é: https://www.ifla.org/events/webinar-building-a-national-bibliography-models-from-around-the-world-registration/

Esperamos ver vocês lá!

Curso: Sobre leitura e como ler textos de todos os tipos

Cadastre-se na News Letter da SBB para receber notificações

Foto por Oladimeji Ajegbile em Pexels.com

Nosso curso é baseado no clássico de Mortimer J. Adler e Charles Van Doren, How to Read a Book: the classic guide to intelligent reading (Como ler livros? O Guia clássico para a leitura inteligente). Vamos explorar os 4 níveis de leitura propostos por Mortimer Adler. Independentemente de sua idade, é importante aprender a ler, pois, cada tipo de texto requer habilidades específicas de leitura. Quer dominar essas habilidades e técnicas de leitura? Aguarde o lançamento do curso on-line da Sociedade Bibliográfica Brasileira!

Bibliographical Society of America (BSA)

por Rodrias

In honor of March, National Librarian Month in Brazil, the Brazilian Society of Librarians (SBB) is helping to promote the journal “The Papers of the Bibliographical Society of America”.

Here are some of the key titles available in the new issue:

“Shakespeare by Touch: Tactile Reading and N. B. Kneass Jr.’s Merchant of Venice (1870)” by Taylor Hare
“Black Bibliography: The Publication History of The Adventures and Escape of Moses Roper, from American Slavery, 1837-1849” by Bruce E. Baker and Fionnghuala Sweeney
“Historical Shelfmarks & Institutional Provenance Research: Reconstructing the University of Virginia’s Rotunda Library” by Samuel V. Lemley, Neal D. Curtis, and Madeline Zehnder

https://mailchi.mp/bibsocamer/pbsa-march2024?e=3d727c1e19

NOTA SOBRE O INCÊNDIO NO MUSEU NACIONAL

40823341_451062582069836_2329700006354747392_n
A Sociedade Bibliográfica Brasileira (SBB) se solidariza com todos os profissionais que se propuseram e se propõem a reerguer o pouco que resta da nossa memória nacional, sejam os estudantes, pesquisadores e professores.

Independente de quem tem culpa sobre a situação, é inegável que a nossa educação e cultura tem sido negligenciada constantemente há muitos anos, há muito utilizadas como palanque eleitoral de medidas que nem ao menos ajudavam na sobrevivência desses lugares de memória nacional.

Os museus, os arquivos e as bibliotecas nacionais, como instituições de memória cultural, são responsáveis pela salvaguarda de todos os artefatos que nos mantêm enquanto civilização. E uma sociedade sem memória, sem história e sem civilidade está fadada a perecer.

Reforçamos publicamente que, apesar do nosso foco no patrimônio bibliográfico, nossa luta também é a favor da conservação e preservação do patrimônio cultural brasileiro em seu conjunto, bem como o desenvolvimento de pesquisas e avanço do conhecimento científico para todos.